Total de visualizações de página

quinta-feira, 19 de março de 2009

Dance lounge tecno pop rock jazz disco funk'n'roll?




O primeiro integrante fazia parte de um projeto de e-music chamado Every Single Soul, o segundo sempre gostou de jazz, e o terceiro gosta do que rola nas rádios hoje e o que rolou há 60 anos atrás. Léo Copetti, Léo Cavallini e Márcio “Japa” Yoshimoto resolveram se juntar no início de 2008 para ver no que dava essa geléia geral. E daí surge o Deletronica, banda que mistura o que acontece na música eletrônica, com pitadas jazzsísticas e ambientes New Rave.
Mas, além disso, há as canções, sim, as músicas não são só instrumentais.Léo Cavallini mostra pra quê veio nesse mundo. Com uma voz à la Tim Maia, o vocalista ainda se diferencia pelo sax barítono, que surge no meio dos loops de Léo Copetti. E ao fundo, vem a guitarra do Japa, que sem ela não teria muita graça.
“A banda surgiu com o intuito de renovar o antigo projeto ESS, então a Deletronica se originou a partir do fim ou do tempo que eu dei no ESS”, explica Copetti.
O convite partiu de Copetti, Léo Cavallini já o conhecia das antigas, e um dia resolveram se juntar. “A gente trocou uma idéia aí eu apareci na casa do Copetti, levei sax, flauta, trompete, e acabou rolando um som e veio disso (...) daí dei um toque no Japa pra ver se ele estava a fim de tocar, e ele começou a ensaiar com a gente”, relembra Cavallini.
Japa também recorda que o trio ficou “hibernado” na casa do Léo durante uma semana tirando as músicas. Sobre o gênero musical os três concordam que existe uma nuance de estilos, não dá pra definir que o som seja somente música eletrônica. “O Deletronica não é essencialmente música eletrônica, eu acho que é a mistura que fica legal, porque no final das contas a gente está fazendo canções”, argumenta Cavallini. Para Copetti seria um estilo eletrônico, mas não de pista, nas próprias palavras de seu fundador, seria “um dance lounge tecno pop rock jazz disco funk´n roll”.
Ares de outono, strangers on love, Cadê você, a dança, procession, murmúrios entre outras composições da banda vêm se encaixar nessa contemporaneidade que a mesma dissemina. A grande intervenção dessas novas bandas que estão surgindo na Capital, como Dimitri Pellz, Curimba, Haicais, Louva Dub, estas que não se preocupam em apenas reproduzir o que já existe, batem de frente com a questão comercial.
“É mais difícil porque o pessoal precisa de bandas covers, o pessoal não quer valorizar uma cena local, fica difícil então ter espaço. Rola fechar uma temporada, um dia, uma data ou outra, mas não dá pra se sustentar direito”, afirma Copetti.
Mas Japa concorda em partes dizendo que o Deletronica teve sim os seus momentos gloriosos, como a apresentação no Festival América do Sul, no ano passado e também comenta sobre a importância do próximo Som da Concha, que vai acontecer agora dia 22 de março, onde será a atração principal. “O Deletronica teve bastante oportunidades desde que se formou, no Festival América do Sul foi onde a gente fez o segundo show, tocamos no Lôla e agora estamos nos preparando para o show lá no Parque das Nações, que será bem bacana também”.
A banda está aguardando o resultado do FIC (Fundo de Investimento Cultural) que sairá no mês de abril, se for classificada a investida será na gravação do primeiro cd. Enquanto fica na expectativa , o trio continua divulgando suas músicas através do My Space ( www.myspace.com/deletronica) e procurando novos lugares para tocar.
Para quem não conhece, fica o convite, dia 22 de março, à partir das 17 horas, com a banda Mariachi abrindo, show do Deletronica no Som da Concha, no Parque das Nações Indígenas.

Fotos-crédito: Bolívar PORTO