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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Cinema

Ir ao cinema para mim é se livrar dos pequenos impasses do dia-a-dia. Colocar o celular no silencioso, se fechar em uma sala escura, sem pressa para sair, é ter um prazer escondido na manga. Fui ver Jules & Julia, pra começar, foi tão diferente, que a minha mãe e minha irmã foram as minhas companhias. Isso é tão raro, geralmente vou com o meu namorado, ou com o meu filho, mas sair assim com D.Irma, e ainda mais para fazer algo tão gostoso, foi encantador. E o filme...às vezes queria que a minha vida fosse um filme. Quando era mais nova e assistia aos dramalhões isso se passava na minha cabeça, tudo era um filme. Com a rebeldia dos meus 18 anos, passei dos dramalhões para os filmes de arte: Tarantino, Bertolucci, Danny Boyle, Glauber Rocha, Scorcese, Milos Forman, Truffaut. Uma nova porta se abriu, e em Campinas existia um cineminha escondido no centro da cidade, o Cine Paradiso. Era umas dez quadras de distância do meu apartamento e toda semana fazia questão de ir sozinha, gostava de me ver nos filmes, era como se fosse uma terapia. E era. Até hoje me vejo neles. O cinema para mim é um reencontro. Toda essa fantasia me faz sentir viva. Saio daquela salinha com vontade de cozinhar, de chorar, de dar risada pro vento, de ligar para os meus amigos, de escrever cartas, de fazer carinho no meu filho, tenho vontade de dizer para o Leo que eu realmente o amo, e sei que tenho muito que escrever.

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