Total de visualizações de página

sábado, 8 de janeiro de 2011

Campinas

Como é percorrer as ruas de Campinas depois de cinco anos sem morar aqui?
A cidade que mudou ou sou eu que envelheço?
Vou até a Igreja Nossa Senhora do Carmo e rezo.
Passeio pelas praças.
Como um pedaço de torta na confeitaria Senzala.
A Puc-Central ainda vibra ancorada no centro.
Vou até o sebo da esquina do meu ex-apartamento, compro um livro anarquista e Drummond.
Ali era minha travessia para uma jornada cultural.
Estou no City, terminando a primeira garrafa de cerveja.
Pessoas que nunca vi.
Não me sinto sozinha, sou forte, espero os meus camaradas.
Essa cidade me lembra tanto o Cris que tenho a impressão que ele chegará a qualquer momento.
Já não sou mais aquela que todos conheciam, embora o passado não passe nessa cidade.
Hoje vi a síndica do prédio que me odiava, e também, certeza, aquele cara que atravessava a rua era "O Politizador".
Me fez sentir que ainda vivo nessa cidade, que pertenço a esse lugar, que por instinto não consigo me perder.

Nenhum comentário: