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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Refúgio



‎Refúgio

Adoráveis libélulas invadiram o meu céu.
Fazem um zig-zag infinito,
avisam que o dia está indo embora.
Arãncuãs advertem: é hora de despertar!
As ninféias se iluminam ainda mais com a chuva.
Aguapés me rodopiam.
Biguás ficam paralisados mostrando ser a extensão dos galhos.
Olhos de jacaré se escondem ligeiramente.
Cheiro de mato e silêncio abrem o novo ano.
Caramujos escoram seus cascos em terra úmida.
Buracos de ariranha nos fazem pensar.
É a entrada no rio Salobra que cura todos os males.
Família de capivara se curva paralisada.
Socó-Boi em sua "retura" como diria Antônio.
Tive a sorte de ser mirada por um passarinho.
O tuiuiú é magistral, eterniza a cena.
Japacanim faz festa ao nos ver passar...
Finalizo com o verso de um poeta,
mais pantaneiro não há:
"O dia vai morrer aberto em mim"

www.refugiodailha.com.br

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