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domingo, 31 de março de 2013

3 vinhos na bagagem

20 filmes no HD

1 mês e 2 dois dias pra chegar

450 Km a percorrer

28 álbuns pra sair cantarolando

7 amigos a tiracolo

O rio Paraguay.....e suas nuances,

Corumbá e seus desenganos,

entardecer degustando "Paceña"

fumando singelamente,

nas entrelinhas do ser.

É a liberdade infinita,

de sair por aí,

e ter braços pra se acomodar,

diversão garantida,

de papos despretensiosos.

gargalhadas sobrepostas.

Um brinde:







sexta-feira, 8 de março de 2013

Mulheres

" A cada mil lágrimas saí um milagre"....canta Alzira.

Penso então nas mulheres violentadas, e pior, pelos seus maridos.
Ou mesmo nas mulheres espancadas pelos seus filhos.
Eu sou mulher feita de 31 anos e já sofri na pele um tipo de violência apenas porque tenho "perereca".
Tinha apenas 19 anos.
Reencontrei o algoz depois de 10 anos e joguei na cara dele o meu trauma daquela noite, ele simplesmente não lembrava.
Fácil e cômodo para os homens esquecer o que eles tem de pior.
Fiquei um bom tempo sem querer me relacionar, depois fiz muitas besteiras, encontrei novos algozes, e foi nesse momento que comecei a ler Simone de Beauvoir.
Ela foi a minha salvação, comecei a entender porquê me sentia daquele jeito.
Eu sou feminista mesmo!
Não topo limpar a casa sozinha, não topo ser sustentada, não quero ficar com alguém só por medo da solidão, não me vejo como uma bunda apetitosa, e renego o rótulo de Barbie.
Quando era criança cortava o cabelo da Barbie bem curtinho, jogava tinta guache, ela era a minha Barbie punk.
Quando eu era criança via a minha mãe todos os dias ir trabalhar, depois voltava pra casa e dava conta de 3 filhos, a minha mãe é o meu templo, sem ela não sou ninguém, me espelho nela, sempre vai ser assim.
Ensino o Antônio a não ser machista, quando ele tinha 3 anos ganhou uma pia de presente para aprender lavar a louça, já o levei na "Marcha das Vadias", e hoje ele foi comigo no Ministério Público ver uma palestra sobre violência doméstica.
O meu mundo é esse.....os meus dois trabalhos de conclusão de curso ( no jornalismo e no direito) foram ligados ao feminismo, eu gosto de ter nascido mulher, acho que a nossa luta vale a pena, e não pode parar!
Tem muita coisa torta por aí.......tem muito homem que se acha o rei da  cocada preta e não aceita perder a mulher, aí prefere acabar com ela, pra ela não ser de mais ninguém.
Ainda há a questão da tripla jornada de trabalho: a mulher cuida da casa, trabalha e muitas vezes só porque está casada tem que se submeter ao apetite sexual do marido, sem realmente estar com vontade.
Eu não vou enumerar todas as desigualdades que infelizmente ainda existe nesse mundo, tenho que ir pro trabalho, mas acho que vocês já entenderam a mensagem.