Total de visualizações de página

quinta-feira, 2 de maio de 2013

"Mentiras sinceras me interessam"






Ontem, devido ao feriadão, estava na chácara assim "numa relax, numa tranquila, numa boa". Acordei cedinho com os gritos do Antônio do lado de fora brincando com o seu amigo Pança.
Logo após o café, fui procurar o que fazer, e como o Toninho tá numa fase super independente, eu não preciso ficar correndo atrás (bem diferente do meu irmão, que fica 24 horas na cola do Heitor), peguei um livro pra ler, queria algo light por assim dizer, aí escolhi "Só as mães são felizes", de Lucinha Araújo, a mãe do Cazuza.
Deitei na rede e simplesmente não vi as horas passarem.
O primeiro capítulo fala justamente da morte do Cazuza, de todo o sofrimento dela, da mãe tendo que cuidar do filho nas últimas, definhando, de como o Cazuza ainda tinha bom humor pra lhe dar com aquela situação, e a esperança de que ia viver muitos anos.
Foi em 1990, a AIDS era uma doença pouco estudada, não tinha os coquetéis de remédios que tem hoje, Cazuza descobriu que estava infectado em 1987, já em 85 tinha uns febrões, desconfiava que estava doente mas o primeiro exame deu negativo.
Continuou com a sua vida rebelde, Cazuza soube viver, não deixou de lutar, e assumiu publicamente que era portador da doença em pleno anos 80.
A Veja, pra variar, colocou ele na capa e fez uma reportagem super sensacionalista, sentenciou a sua morte , e disse em letras garrafais que por causa da doença sexualmente transmissível, Cazuza estava agonizando em praça pública.
As 400 páginas foram devoradas em menos de 24 horas, fiquei com vontade de conhecer Cazuza, de ser sua melhor amiga, de ter vivido no Rio nos anos 80.
Bom, não consigo parar de pensar na vida dele.
Sua mãe, Lucinha, após 3 meses da morte do filho, começou a ajudar um Hospital do Rio que tinha o maior número de pacientes portadores do HIV, e posteriormente fundou a Socidade Viva Cazuza.
 Ela que nunca mais queria tocar no assunto relacionado a doença, há mais de 20 anos administra essa casa que apoia e ajuda a tratar os soropositivos.
Acho que mais ou menos um mês atrás comprei o primeiro álbum do Barão Vermelho, escutei repetidas vezes....ficava pensando: Esse Cazuza sabia o que tava fazendo!
Ele não sabia não....demorou um pouco pra entender esse lado artista, nunca tinha cantado em banda nenhuma, ficou surpreso com o sucesso !
Morreu aos 32 anos, idade que faço em agosto.
Só agora estou começando a amadurecer e passo a entender melhor a minha vida.
"O tempo não para..."
  http://www.vivacazuza.org.br/



Nenhum comentário: