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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Volto hoje pra casa.
Tenho que enfrentar esse receio da solidão.
O silêncio que invade os cômodos.
Sobe as escadas,
me encontra desarmada.

São Jorge me dê proteção,
Faço essa prece,
vou te colocar perto da porta principal,
pra me trazer bons fluídos.

Lendo Caio F. percebo,
as plantas fazem companhia
e dão trabalho,
vou me cercar delas .

Hilda na sua Casa do Sol,
se isolou do mundo,
seus cachorros lhe davam carinho e atenção.
Quero também ser invadida por cães.

Faço compras,
tenho que arrumar o aquecedor solar,
dar nova vida a casa,
que um dia foi sua.

Não quero olhar para aquele canto,
e me lembrar do armário da sua vó.
Preciso preencher os espaços vazios,
dentro de mim.

Ser uma desmemoriada de amor,
ou passar pelo ciclo seco,
sem tentar entender coisa alguma,
sim, também sinto o vácuo em minhas entranhas.

Mas não fujo,
estou aqui,
mulher feita, de olhos não serenos,
que vive e luta.

Talvez tudo faça sentido,
quem há de entender o destino?
Setembro se despede,
pra você que não tem mais pressa.

Acalma,
é só com a dor que se aprende.
O tempo...
cura todos os males.
Espera !




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