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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Tempo




Acordo tarde nesse dia de natal.
Faço o meu café para comer com as rabanadas.
Agora o café é só pra mim.
Há muito que se pensar nessa questão.
Era para eu ter seguido as premissas da sociedade ocidental.

Mas resolvi subverter.
Me enfrentar, é um momento doloroso.
Choro ainda um pouco.
Me sinto culpada.

Resolvi também me esconder.
Me entupir de livros.
Achar graça em outras paradas.
Como: acordar às três da matina pra ver uma chuva de meteoros.


Olho para o meu filho,
e tenho a sensação que a vida é tão descomplicada.
Vou ensina-lo a andar de bicicleta (sem rodinhas, mas ninguém pode saber).
Encontro então nova alegria de viver: ensinar o Antônio.

E sabe que foi nesse ano, que partiu meu coração,
encontrei pessoas tão legais.
Ufa! Não era mais tão invisível assim.
Lutei por causas justas,
Libertamos o Dudu,
Estamos travando batalhas ainda.

Jornadas de junho,
Aguena e Sarobá,
Coletivo Terra Vermelha,
E que venha o carnaval....
Novos amores,
que já reencontrei,
ou talvez tenha sido encontrada. 


Sim, porque esse ano não foi só de perdas.
Ganhei um rapaz barbudo,
anarquista e sonhador.
Que tem 4 gatos,
e gosta de falar até amanhecer.


E de repente me apaixono.
Na contramão dos meus planos.
Fico falando com ele uma hora no celular.
Porque a vida tem dessas coisas....


E pode ser que Deus seja um cara gozador,
e tá rindo da minha cara.
Me empurra,
eu vou.
Sem medo.
Sem pressa.

Descobri que as araras,
quando falam,
tem que saber ouvi-las,
elas sabem de tudo.

Outra coisa: tudo é passageiro.
Sou viajante,
às vezes me aprisiono.
Mas sei voltar,
sei o caminho da liberdade.

Deve ser um tal de Kerouac que me influenciou.
Atravesso.
Eis o tempo....














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