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quinta-feira, 6 de março de 2014

Quinta-feira de cinzas

Talvez queira me enganar de novo.

Invariavelmente é o meu destino.

Dormir de olhos abertos.

Prossigo.

E de pensar que só queria ajudar.

Desalento.

Estúpida ideia de tentar ser sem ter sido.

O coração que estava manso,

me atrapalha a vida.

Vontade de ir comprar cigarro,

e não voltar, como fez meu bisavô.

Projetos, projéteis, desengavetam.

Era pra ser só.

Na medida do possível o corpo aguenta.

Mas a alma pesa.

Controlo os meus instintos,

dizem que é a maturidade.

Da velha leoa,

que não se desfaz.

Olhos d´água, de relance, não acredita mais.

Leio poesias.

Ana C. tinha toda a razão.

Incansável,

não foi domada.